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O COSMO
18 de novembro de 2018

O coração me mostra
A face de meu pai,
Seus dedos de estrelas, 
Todo o cosmo.
Não há compreensão,
Apenas a existência 
Das flores azuis e
A imaginação
Completamente aberta.

Exercício preparatório

Qual é o desejo do meu coração? 

O desejo do meu coração é encontrar a paz e o equilíbrio, viver com simplicidade, participar de projetos que fomentem a paz, projetos artísticos, ajudar às pessoas que quiserem ser ajudadas, aprofundar meus conhecimentos, me alimentar bem, meditar todos os dias, fazer yoga, estar em companhia de pessoas amorosas, abrir meu coração, abrir minha casa, cozinhar, receber pessoas, trabalhar com grupos de mulheres, ouvir pessoas que necessitam ser ouvidas, ajudar minha família, quero estar próxima a meus filhos, próxima a meu companheiro, próxima a amigos, quero estar em locais de natureza preservada, caminhar, estar na praia e na montanha, quero apaziguar meu coração, viver o agora em plenitude e amor, quero me calmar, quero aceitar o mundo como ele é, quero ser avó.

Eu pintei esse quadro após fazer uma meditação de vinte minutos e repetir seguidamente a pergunta "qual o desejo do meu coração?" 

Eu comecei pintando flores amarelas com o centro bem vermelho.  Depois, pintei o meu rosto dentro das flores, em seguida pintei as estrelas saindo da cabeça. Do coração nascem estrelas irrigadas e nascem também plantas. O coração irriga o sangue para as estrelas da minha cabeça. Os meus braços são livres e em cada uma das mãos há um coração que gera muitas estrelas para o céu e para a terra. As plantas nascem dos meus braços e o meu rosto está iluminado. O meu rosto é serio e sem cabelos. No lugar de cabelos há estrelas. O meu braço esquerdo mistura-se com o céu aí rosado e se transforma em uma montanha ou um seio que me sustenta o rosto. 

Experiência corporal
Esse rosto é meu ou do meu pai? Aparece o masculino em mim, tão severo, tão perfeccionista, tão duro. Será que eu ainda preciso da sua aprovação, pai, do seu amor? Esse rosto tão iluminado, mas com alguma coisa presa na garganta, algum medo, a infecção urinária, essa dor cítrica, meu calcanhar de Aquiles, minha fragilidade corpórea. Braços tão longos como os tentáculos de um polvo. Dedos longos emitindo estrelas, mas dentro, sempre alguma melancolia. Eu sou toda natureza: flores, folhas e estrelas, mas há a consciência severa, ainda separada desse mundo de completa fluidez. Será que o medo é o de abrir mão desse controle e aproveitar toda a potência e brilho desse coração pulsante? 


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