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O CORPO AZUL
09 de dezembro de 2018

Medos gravados
No desnudo corpo de dor.
Vaso preenchido
Pelo conflito divino.
O rosto da sereia
Recebe as primeiras gotas de orvalho.

Escrita espontânea
Sinto dor nas costas, sinto dor no baixo ventre.  Será de novo essa infecção urinária, esse incômodo que não consigo desvendar.  Sinto-me fragilizada.  A dor me fragiliza.  Somatizo medos? Estou sem energia, viro criança, fico sem saber o que fazer. Quero sentir as dores do mundo? Não, não quero.  Não quero sentir dor.  Quero ter saúde.  Quero desvendar esse vazadouro de energia que alcança a minha bexiga, quero ultrapassar o climatério com tranquilidade, encontrar um bom médico da antroposofia para me ajudar a ultrapassar com leveza essa fase.


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